O Retorno dos Lobos Extintos: Ciência, Ética e Inovação
- conexaogospelamapa
- 8 de abr.
- 2 min de leitura
Como avanços genéticos estão trazendo de volta espécies desaparecidas e redefinindo o futuro da conservação ambiental.

Recentemente, a empresa de biotecnologia Colossal Biosciences anunciou um avanço significativo na área de "desextinção" ao criar três filhotes que replicam características do lobo pré-histórico conhecido como "dire wolf" (Aenocyon dirus), extinto há aproximadamente 10.000 anos. Os filhotes, chamados Romulus, Remus e Khaleesi, foram desenvolvidos utilizando técnicas avançadas de edição genética.
Para alcançar esse feito, os cientistas extraíram DNA de fósseis de dire wolves: um dente de 13.000 anos encontrado em Ohio e um osso do ouvido interno de 72.000 anos descoberto em Idaho. Com base nessas amostras, identificaram e editaram 14 genes específicos em lobos-cinzentos modernos, os parentes vivos mais próximos dos dire wolves, para replicar traços-chave da espécie extinta, como tamanho corporal maior, mandíbulas mais musculosas e pelagem branca. Os embriões geneticamente modificados foram então implantados em cães domésticos que serviram como mães de aluguel, resultando no nascimento saudável dos filhotes.
Embora os filhotes apresentem semelhanças físicas e comportamentais com os dire wolves originais, especialistas destacam que eles não são geneticamente idênticos à espécie extinta. Portanto, podem ser mais precisamente descritos como lobos-cinzentos modificados para exibir características dos dire wolves. Atualmente, os animais vivem em uma reserva ecológica protegida, onde cientistas estudam seu desenvolvimento e comportamento.
Este projeto reflete ambições mais amplas de reviver espécies extintas, como o mamute-lanoso, embora bioeticistas levantem preocupações sobre as implicações éticas e ecológicas de tais empreendimentos. Apesar do ceticismo, os filhotes demonstram comportamentos instintivos, como uivar em resposta a sons, sugerindo a preservação de traços ancestrais.

Além disso, a Colossal Biosciences também anunciou a clonagem bem-sucedida de quatro lobos vermelhos criticamente ameaçados, utilizando sangue coletado de lobos selvagens do sudeste dos Estados Unidos. O objetivo é aumentar a diversidade genética na pequena população cativa de lobos vermelhos, que os cientistas estão utilizando para auxiliar na preservação da espécie.
Esses avanços destacam o potencial das tecnologias de clonagem e edição genética na conservação e possível ressurreição de espécies, mas também ressaltam a necessidade de discussões aprofundadas sobre as consequências éticas e ecológicas dessas iniciativas.
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